Dizem que, em tempos remotos, pode ter-se chamado Araduca, nome que acho curioso e exótico. Mas o étimo mais próximo, e de base, é, provavelmente de origem germânica. Ao castro inicial deu-lhe forma e força Mumadona, ou Dona Muma. Lá dorme, para sempre, na Atouguia, Carlos Malheiro Dias. Lá nasceu António Lobo de Carvalho, próximo da Colegiada, o fescenino poeta conhecido por Lobo da Madragoa (vide: Alberto Pimentel), grande amigo de João Xavier de Matos, e companheiro de estúrdias. Por lá andou, e morou perto, Raul Brandão. E Dona Angelina que tinha casa de família na rua Val-de-Donas. Também lá começou a viver Guilherme de Faria, mas foi morrer à Linha de Cascais, no mar. Seja como for, também por lá andam os meus cheiros de infância e, com certeza, reencontrarei alguns. E a memória da primeira neve, do primeiro canário. Bem como a imagem primitiva do limoeiro inicial. E do cágado que, num dia de Primavera, desapareceu para sempre do quintal.
Muito obrigado,MR.
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