Inesperadamente, hoje, vi estorninhos sobre o Tejo. Só costumava observá-los em Outubro/Novembro, volteando no céu, virando, revirando, em bandos compactos que se interceptavam, reuniam, adensavam, e dividiam de novo. Sempre me lembravam, no Outono, um cardume de pequenos peixes (sardinhas, carapaus juvenis?) que vi, no Verão de 1968, sob uma pequena ponte do cais, no mar da Trafaria. Os pequenos peixes, às centenas, coruscavam, no brilho do sol. Hoje, seria impossível, as águas estão escuras, sujas, impenetráveis ao olhar.
Mas esta tarde, em pleno Junho, início do Verão, apareceram os estorninhos. Uma pequena nuvem e, mais alguns, esses aos pares, dispersos. Seriam estorninhos malhados, pretos ou comuns? À distância, não consegui distinguir. Mas vieram muito cedo. Será das alterações climáticas? Também não sei responder. Mas dou-lhes as boas vindas, de contente.
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