"À excepção de alguns casos aberrantes, o homem não se inclina para o bem: que deus o obrigaria a isso? É preciso vencermo-nos, contrariarmo-nos pela violência, para poder praticar a menor das acções que não esteja tocada pelo mal. ..."
E. M. Cioran, in "Le Mauvais Démiurge"(1969).
O meu caro amigo APS é um dos maiores citadores que conheci em dias da minha vida. Se não me falha a memória, ofereceu-me as Máximas do senhor La Rochefoucauld era eu ainda criança (no mesmo dia em que determinou com elevado grau de precisão a minha terrífica ascendência em Leão). A partir daí, o mundo das citações revelou-se-me, qual verdade profética, e hoje estimo-as tanto quanto à infame "leitura de lombada" predicada pelo Anjinho. Ambas são, em grande medida, culpadas pelo que sou e pelo que espero vir a ser.
ResponderEliminarNão será isto propriamente um comentário, mais uma nota de agradecimento à-propos do post.
Uma nota: A propósito do Saramago, que alguém o tenha em paz e sossego, já que o Altíssimo não há-de ser com certeza que não terá cara para tanto: gostei dos posts e subscrevo-os. Fica-me desta coisa da natureza a leve e inquieta sensação de ter perdido um correspondente. Uma espécie de amigo que não nos liga por aí além mas que fala por nós e connosco, sempre, e, por isso, não aborrece o sentido único dessa relação.
Um desafio: "o livro magno da citação", por APS
Com amizade da oliveira da eurídice (que mudou hoje de vaso - este tem mais uma divisão e vista desafogada para o telheiro da viznha e está mui contente.)
Agradeço, cordialmente, as tuas palavras, como sempre frescas, naturais e vivas.
ResponderEliminarÉ verdade o que dizes do La Rochefoucauld, e há também - se bem me lembro - um pião de madeira, em Guimarães. Ambos foram bem entregues.
E vou-te dedicar uma peçazinha de Beethoven, para que durmas bem!