O "Sebastianismo" é uma das diagonais mais profundas da mitologia portuguesa. Chame-se, ou tenha-se chamado: "saudosismo", fado, "Nova Renascença", Sidónio Pais, Salazar, iberismo... Mas esta espera por um milagre que se atrasa, ou não se cumpre inteiramente, é ,porventura, também origem de uma qualidade imperfeita que nos define enquanto portugueses: o "desenrascanço". As soluções de improviso de quem espera até ao limite e tem, no último momento, de arranjar uma saída para o problema ou crise que não se resolveu por si, nem por alheios factores,nem com o tempo.
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