sábado, 31 de agosto de 2024
Diálogo de final de Agosto
sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Citações CDXCIV
A sabedoria das nações reside nos seus provérbios, que são breves e expressivos.
William Penn (1644-1718).
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
A evitar, absolutamente (7)
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Miscelânea de diversos temas
Arrumem-se os diversos, mesmo incompatíveis:
terça-feira, 27 de agosto de 2024
Camiliana
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
Ponto de situação
domingo, 25 de agosto de 2024
sexta-feira, 23 de agosto de 2024
Registos
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
Pinacoteca Pessoal 206
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
Citações CDXCIII
terça-feira, 20 de agosto de 2024
Mercearias Finas 202
Gosto de provar vinhos estremes para ficar a ter uma ideia sobre o sabor e características originais das castas.
segunda-feira, 19 de agosto de 2024
Recuperado de um moleskine (45)
domingo, 18 de agosto de 2024
Alain Delon (1935-2024)
Os papéis de Rocco e Tancredi em filmes realizados por Visconti, bastariam talvez para perpetuar a figura de Alain Delon, actor franco-suiço que, hoje, abandonou a vida, na sua realidade fatal.
sexta-feira, 16 de agosto de 2024
Últimas aquisições (53)
quinta-feira, 15 de agosto de 2024
Apontamento 174: Wolf Biermann
Numa sequência do Apontamento
anterior sobre a construção do muro, em 1961, que isolou o “sector soviético = antiga
RDA” do resto da Alemanha, durante décadas do restante território conhecido
pela RFA.
Verificou-se uma circunstância
relevante para o esclarecimento da época do domínio da SED, na antiga RDA, com
uma entrevista, publicada recentemente pelo jornal DIE ZEIT, ao compositor, músico e
cidadão de intervenção, Wolf Biermann
Wolf Biermann nasceu, em 1936, em
Hamburgo, filho de judeu (morto em Auschwitz) e comunista, segundo consta da
seguinte página de biografia: https://www.wolf-biermann.de/
O músico mudou para a RDA, em
1953, tendo sido proibido pelo regime de então de actuar no ano de 1965. Após
uma actuação em Colónia, em 1976, tiraram-lhe a cidadania, passando a viver,
entre outros, em Hamburgo, na Alemanha.
Wolf Biermann, profundo
conhecedor da realidade do antigo sector soviético da Alemanha, forneceu umas
breves máximas sobre a actual realidade política, cultural e social dos Estados
da antiga RDA, a saber, a Turíngia, o Saxe e o Brandemburgo, com eleições
previstas para o Outono.
Assim, Wolf Biermann considera,
portanto, que muitos cidadãos da antiga RDA têm um problema com a Democracia.
Segundo ele, os “cobardes passaram a rebeldes a viver numa democracia sem riscos.
Lamentam-se das comodidades perdidas como colaboracionistas da SED e os inerentes desafios da DEMOCRACIA que lhes
estão completamente estranhos.”
Como cereja em cima do Bolo, Wolf
Bierman consegue uma máxima que considero uma caracterização ímpar e de elevado
sentido democrático: “o casal político do momento é Wagenknecht und Höcke”.
A saber, Sara Wagenknecht, do
movimento com o seu nome BSW, antiga deputada do partido DIE Linke, “herdeira
do Estalinismo do Comunismo Nacional, e Höcke, herdeiro do Nacionalsocialismo
de Hitler”. Obviamente, não seria capaz de fazer uma síntese tão breve e esclarecedora.
São anos de vivência e capacidade de observação e síntese.
Relativamente aos Estados da
Alemanha, com eleições próximas: Turíngia, Saxónia e Brandemburgo, a que o
cidadão Biermann se refere, apenas acrescento que são território de uma cultura
antiga: Jena, Weimar, Leipzig, Dresden ….
O que haveria de responder a uma
pergunta, oportuna, de uma pessoa de estima, questionado sobre o descalabro
reaccionário de zonas tidas por berços de cultura ?.
Wolf Biermann responde: “o ódio e
os ataques soezes serão transmitidos até à segunda ou terceira geração, em famílias
com uma árvore genealógica totalitária e um enxerto democrático recente”.
Palavras de sabedoria que terminamos
com uma canção de Wolf Biermann.
Pot de HMJ
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
terça-feira, 13 de agosto de 2024
Apontamento 173: 13.8.1961 – Construção do Muro
Numa altura em que se recordam os
ataques à vivência democrática, de livre expressão e circulação entre as
populações do “sector soviético”, i.e. antiga RDA e a RFA, convém lembrar os
efeitos nocivos da construção do muro.
Para além do assassinato de
pessoas em fuga, basta lembrar o facto de as pessoas ficarem impedidas, por
muitos e longos anos, de viverem em DEMOCRACIA.
Embora registando explicações nem
sempre racionais, tenho muita dificuldade em aceitar como uma região tão
marcada por políticas totalitárias se preste a abraçar novas figuras de
semblante e postura pouco dadas a uma vivência democrática, mentalmente nada saudável
e socialmente desumana.
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
Esquecidos (18)
Citações CDXCII
Picasso disse: Demora muito tempo para nos tornarmos jovens. A juventude captura a nossa infância. Mas, com o tempo, a infância acaba por recuperar os seus direitos.
Jean Cocteau (1889-1963), in Journal d'un inconnu.
domingo, 11 de agosto de 2024
Rigor quando é possível
sexta-feira, 9 de agosto de 2024
Fruta
quinta-feira, 8 de agosto de 2024
Uma fotografia, de vez em quando... (186)
terça-feira, 6 de agosto de 2024
Cadê os cívicos?
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
Nomes
domingo, 4 de agosto de 2024
Divagações 196
A justa medida
Desabafo (90)
sábado, 3 de agosto de 2024
Notas de um quotidiano decadente 3: Quando o ruído é promovido a música, ”engano de alma ledo e cego”
Parece que o presente manifesto é
uma continuação do desabafo anterior sobre as agruras de viver próximo de um
quotidiano desregrado, incivilizado e sem respeito pelas regras de respeito do
cidadão, tanto no subúrbio como no centro da capital.
De facto, é e não é uma
sequência. Já explico.
Portanto, para além dos grunhidos
dos jogadores, o bater sistemático das bolas no gradeamento, os utilizadores
costumam trazer uns aparelhos, os tais que se vendem a tostões, para emitir uns
ruídos. Não sei se nesta categoria de arruídos se enquadra o chamado RAP,
possivelmente pela monotonia da lenga-lenga sem fim.
Ora, para quem tenha tido, tanto
no ensino básico como no secundário uma sólida formação musical, sucede que tem
uma enorme dificuldade de compreender esta promoção indevida de arruídos,
monótonos e repetidos, a alguma regra básica de composição músical.
Infelizmente, esta indigência não
nos consome apenas no tal mal-fadado “campo de jogos”, sofremos o mesmo, numa
zona aparentemente nobre, o Chiado. Para quem passa por lá, depois do almoço,
terá um quadro de indigência ruidosa idêntica. E, também, sem NENHUMA
fiscalização das autoridades, aparentemente “focadas” no bem-estar dos
residentes.
Lamento, mas não entendo, quem encontra
em semelhante degradação um resquício, sequer, de música.
No momento em que escrevo, o energúmeno
desandou, felizmente, levando o seu bisegre de ruído, permitindo que pudéssemos
abrir as janelas e deixar o ar puro e o sossego entrar pela noite.
PS. A imagem é apenas uma das possíveis
orientações musicais básicas do ensino oficial em Alemão.. Não me lembro de ter
visto um chamado Manual para o Ensino da Música no ensino oficial do país.
sexta-feira, 2 de agosto de 2024
Um título interrogativo e uma conclusão jornalística
Do jornal Público de hoje:
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
Notas de um quotidiano decadente 2: Uma educação física inexistente
Quem olhar para a imagem em
epígrafe não imagina os atropelos à civilidade dos utilizadores do chamado “Campo
de Jogos”, nem o incómodo diário aos elementares direitos dos cidadãos e ao seu
sossego por parte da edilidade local.
Quanto aos utilizadores verifica-se, pela linguagem restrita
e ordinária, o comportamento e postura humanos a roçar a indigência – tronco nu,
gestos obscenos e aliviar-se nos cantos do recinto – e o lixo deixado ao fim do
dia, que os supremos objectivos da “Educação física”, disciplina do ensino
oficial com uma carga horária considerável, publicada pelo Ministério da
Educação, resultam numa eficiência NULA. Para o Ensino Secundário até se publica
um MANUAL, ao preço de 40, 33 euros, sem nenhum proveito para os fins em vista.
Às Autarquias que instalam estes
recantos de incivilidade, desacatos e desassossego, por baixo das janelas dos
residentes, não se aplicam nenhuma das normas da Defesa do Ambiente e do Ruído.
Nada controlam, nem utilizações indevidas pela noite dentro. Não falemos,
então, de uns habilidosos, promovidos a “treinadores” do jogo da bola que, ultimamente,
proliferam nos espaços do recinto. O aspecto diz tudo sobre as criaturas: chapéu,
roupagem condizente e gritinhos a cada golada dos meninos. Ou mães em inanição,
tipo Buda. Grandes ensinamentos !
Neste caso, o que vale, tal como
na antiga “Ginástica” da Escola portuguesa, é entreter os meninos !
Dar com os pés na bola é o único
proveito da disciplina escolar chamada Educação Física, com uma carga horária
desmedida face às disciplinas “duras” de desenvolvimento da mente.
Em tempos que já lá vão,
felizmente para estes aspectos de indigência, o voto do professor da disciplina
de Educação Física tinha o mesmo valor na aprovação, ou chumbo, dos alunos como
o seu colega das disciplinas de Ciências e Humanidades.
Felizmente, no meu tempo de escolaridade,
a disciplina de Desporto, na sua noção verdadeira, ainda se
orientava pelos valores essenciais de actividade física e aprendizagem,
promovendo um convívio civilizado, embora nunca incluísse, na grande panóplia
de modalidades, o jogo da bola de futebol. Laus Deo ! Remédio santo para relegar
o futebol para as modalidades impróprias do desporto.
E para quem teve a experiência de
tratar as memórias do Comité Olímpico alemão, num tempo de um senhor conhecido
por Carl Diem, também ficou vacinado, para o resto da vida, sobre a excelência
de civilização e humanidade dos jogos olímpicos.
São experiências de vida que
fundamentam as nossas opções e convicções. De facto, para mim, o futebol não é
desporto, nem serve para humanizar o resquício animalesco do homem. É o
suplício de uma experiência diária que não se recomenda.