terça-feira, 31 de outubro de 2023

Futuras / próximas leituras




Dois livros que me foram emprestados e cuja leitura encaro com alguma e boa expectativa futura. Dois mundos, porventura muito diferentes. Um da área diplomática que o meu amigo H. N. me sugeriu, o outro de um ex(?)-padre que, da ex-URSS até aos E. U. A., calcorreou experiências várias, e que me foi emprestado por JAD.
Aos amigos que me cederam os volumes, temporariamente, os meus agradecimentos cordiais.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Mostra de Pedro Chorão



Com escassa duração (11 a 31 de Outubro de 2023, das 14h30 às 19h30)) e ainda com mais rara, ou nula, divulgação, está ainda aberta até amanhã um exposição do pintor Pedro Chorão (1945) na Galeria Sá da Costa, ao Chiado, em Lisboa. 
Fotografias que deram origem a quadros, de à volta de 1988, as obras resultam de uma bolsa que o artista teve, tempo que passou a percorrer o Alentejo e a fixar* singularidades de paredes, casas, monumentos, a gosto da sua estética pessoal. Algumas das quais se metamorfoseariam, mais tarde, em telas.
Para quem ainda puder, a não perder.

* inicialmente o portefólio era para integrar uma edição da IN-CM, que entretanto se gorou.



Citações CDLXXVIII


... o problema não são os medíocres, mas sim o espaço que ocupam.

Ana Cristina Leonardo (1959), in ípsilon de 27/10/2023.


Nota: creio que a jornalista se referia a José Rodrigues dos Santos.

domingo, 29 de outubro de 2023

Arcaísmos IV



Recomeçamos, pela letra B, com mais alguns arcaísmos coligidos pelo autor na obra anteriormente referida nesta temática.

1. Bacirrabo - caudatário de bispo.
2. Bandoria - discórdia; desordem; contenda.
3. Barato - enredo; engano.
4. Barcia - pequena nau.
5. Bechucarias - quinquilharias.
6. Bitafe - título; rótulo de um livro.
8. Bodalha - porca pequena.
9. Buz - beijo em sinal de cortezia; reverência.

sábado, 28 de outubro de 2023

Ó tempo volta p'ra trás...



Esta madrugada há que atrasar os relógios e dormir, tranquilamente, mais uma hora.
 

Uma omissão imperdoável

 

Era uma decepção que eu não esperava, a deste voluminho 4 da série Porto Literário, do jornal Público. Mas que se esquecessem de incluir Fernando Guimarães (1928), poeta veterano e sobrevivente da pléiade dos grandes poetas do século XX portuense, não lembraria ao diabo, sobretudo se levarmos em linha de conta que do livrinho constam destaques sobre poetas menores de terceira ordem e com obras bastante mais pequenas e algumas bem medíocres...



Mas não só. Também Fernando Echevarría (1929-2021)  foi omitido, até de uma simples referência textual, pelos organizadores do livro, numa ignorância grosseira em relação a uma obra poética de grande qualidade original, densa e de matriz pró-filosófica, com mais de 20 títulos publicados.



Estes lapsos são, no mínimo, indesculpáveis, e só atestam uma enorme ligeireza de quem os pratica.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

arte menor (39)



À memória de um Amigo 


Não mais nos apetecem avenidas, 
mas campos rasos com o mar ao fundo,
aves soltas batidas pela chuva,
amores que se perderam no caminho.

Um vento inesperado a saber de nós.


Sb., 26/10/23.

Leituras e realidade



O livro tem um lado acrítico, nacional-porrerista (à MEC), que o faz omitir, por exemplo, os horríveis e mastodônticos paquetes que acostam a Lisboa, todos os dias, despejando milhares de bimbos, ruidosos, de calções e alpergatas pelas ruas da capital, e a fotografar o que quer que seja. Bem como algumas parcialidades pouco isentas que dão à obra um tom laudatório excessivo. Mas vê-se que, por trás do texto, houve trabalho sério, sobretudo do ponto de vista histórico, da autora.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

As palavras do dia (52)



Mais uma diligente e meticulosa proeza da justiça à portuguesa e seus inefáveis agentes - 12 anos!... 

Memória 147



Esquecemos muitas vezes os criadores, os artífices de obras quase perfeitas. Outros deles, por opção própria ou norma do tempo, abrigaram-se discretos sob o anonimato sem nome, como os operários das catedrais. Na memória abstracta serão porventura eternos e admirados. Mas sem rosto.
Percebe-se que o esforço de imaginar, saber e pensar não é apanágio da corrente dominante, nem das almas simples. Quanto a autorias, não poucas vezes a obra ultrapassa o criador. Flaubert o disse, iracundo e veemente: Eu estou a morrer, mas aquela vadia da Madame Bovary viverá para sempre.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

A propósito



This is the winter of our discontent.

William Shakespeare (1564-1616) in Richard III.


Nota pessoal: absolutamente aplicada a citação, por outra via: apanhei hoje a primeira chuvada séria deste ano...

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Metamorfoses



É de supor que a vocação mais íntima e desejada das bananas era para serem leopardos... Faltou-lhes porém a natureza, argúcia e presteza felina necessárias.

domingo, 22 de outubro de 2023

Versão portuguesa de um poema de Emily Dickinson (1830-1886)

 


94

Os Anjos, pela manhã bem cedinho
podem ver-se por entre o nevoeiro,
inclinando-se - colhendo - sorrindo - voando
- será que os botões a eles pertencem?

Os Anjos, quando o sol é mais forte
podem ser vistos pelo areal
inclinando-se - colhendo - suspirando - voando
- aquecendo as flores que levam consigo.

sábado, 21 de outubro de 2023

Mercearias Finas 194


Creio que terei bebido o primeiro Chablis em finais dos anos 70, oferecido que me fora pelo meu grande amigo, na altura, Edgar S., e que teria sido talvez surripiado da adega, porventura especiosa, do seu tio materno e rico de Cascais. Monocasta de Chardonnay, mas produzido na região (terroir) que lhe dá o nome, tal como o nosso Bucelas, onde o Arinto ganha mais esplendor a ser produzido, ou o Riesling alemão que, nas margens do Reno e Mosela, desenvolve melhor o seu potencial de qualidade, o Chablis é um dos meus vinhos brancos estrangeiros preferido. Muito embora não tenha, até hoje, bebido mais do  que umas 5 ou 6 garrafas.



E, por isso, quando se anunciou um belo e fresco cantaril assado no forno, com quase um quilo de peso, logo decidi imolar a bem da comunidade, o único Chablis (do produtor Pierre Chanau) que me restava na garrafeira. De 2018 e com 12,5º, estava no ponto e pronto. Batatinhas novas e brócolos acompanharam, e tudo combinou na maravilha ao almoço.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Uma louvável iniciativa 64

 


O jornal Público tem vindo a editar, quinzenalmente, uns originais livrinhos com temas literários portuenses, abordando assuntos diversos. O mais recente (3) foi dedicado aos cafés literários da cidade Invicta. Só anotei uma falta: a do Café Aviz (referido apenas de passagem), que costumava abrigar jovens universitários. Mas não faltava o Café Ceuta, onde almocei algumas vezes uns bons bifes à Ceuta, nem o celebrado Café Majestic, na rua de Santa Catarina, onde entrei pela primeira vez, em meados dos anos 60, na companhia de Eugénio de Andrade, que para lá me encaminhou.
O preço módico dos voluminhos e a sua impressão singular convida-nos a fazer a sua colecção.
Com curadoria e organização de Luís Gomes, alfarrabista residente em Óbidos, o próximo volume (4), a sair na Terça-feira (24/10), tem como título e tema O Porto dos Poetas.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Ideias fixas 81


Há palavras mágicas que fascinam o populacho e o fazem sonhar. Mais ainda, se forem estrangeirismos.
Os influencers (reconhecem-se por usar, frequentemente, o verbo "descomplicar", em vez de: simplificar), mas também os chef(s) de cozinha (que se multiplicam como cogumelos) seriam, para mim, os chamados autodidactas pífios. Que se autopromoveram, do anonimato banal.
Mas que encantam as almas singelas, que os veneram.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Idades, garantias e cartéis



Por um infeliz acaso, no espaço de quinze dias, dois dos nossos electrodomésticos essenciais avariaram definitivamente e tivemos que comprar outros para os substituirmos. Esta última máquina de lavar roupa (Siemens) funcionou cerca de 20 anos. O primeiro frigorífico (semelhante ao da imagem acima, mas de cor branca), um Frigidaire, dos anos 50, que entrou na nossa casa, com 33 anos trabalhava ainda. O segundo já só durou 15; e o terceiro, 12. Voltando ao recente fogão avariado (da marca SMEG), funcionou apenas 7 anos. Entretanto, os cartéis das empresas de electrodomésticos devem ter-se mancomunado para reduzirem os prazos de garantia dos seus produtos de 5 para 2 anos, apenas.
E devem ter ajustado, para menos, o tempo de vida das suas maquinetas... Imagine-se porquê.

Citações CDLXXVII



O desprezo de deus pelos espíritos humanos nota-se através dos milagres. 

Paul Valéry (1871-1945), in Suite.

domingo, 15 de outubro de 2023

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Curiosidades 101



A crise de habitação alastra por todo o lado, não só na Europa, mas até no norte de África. No Cairo, capital do Egipto, com 22 milhões de habitantes, cerca de 10% da população, por escassez de espaço, tem a sua zona de vida e residência na grande Cidade dos Mortos, gigantesco cemitério que data de há 1.400 anos e que está inscrito, desde 1979, como Património mundial da Humanidade.
Interesses especulativos e imobiliários terão levado o presidente egípcio Al-Sissi (1954) a encarar a hipótese de demolição de uma parte do campo santo, o que levaria à destruição de 2.700 mausoléus. A reacção a tal medida fez-se, no entanto, sentir de uma forma muito activa, o que talvez evite a concretização deste crime patrimonial...

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Retratos (31)



O livro Reinado e Ultimos Momentos de D. Pedro V, de José Maria de Andrade Ferreira (1823-1875), teve logo duas (3?) edições no próprio ano da morte (1861) do jovem rei português, talvez pela grande simpatia que o monarca despertava nos seus súbditos. Nele se traçam também alguns aspectos da sua personalidade. Assim:



"El-rei era até affavel. Possuia, como poucos, o dom de se ensinuar de modo que não havia resistir-lhe, tratando sempre com summa cortezia e affabilidade a todos que o procuravam, excogitando os assumptos da conversação que sabia agradarem mais às pessoas com quem fallava, deixando sempre o tom de superioridade, que mais ou menos transpira na urbanidade quasi sempre estudada de quem se acha colocado em posição eminente. (...) Era extremamente delicado no tracto intimo e não poucas vezes lhe acudiam aos labios ditos galantes e chistosos. Não desgostava da satyra engraçada e commedida, e occasiões havia em que, estimulado pela facecia de qualquer dialogo agradavel, o retrucava com alguns epigrammas. Então ria-se mas còrava de subito, e reprimia-se logo, como se quizesse censurar á sua gravidade habitual este natural desafogo do génio motejador. (...) D. Pedro V era muito lido. Conhecia a música a fundo, tocava piano, era notavel na esgrima e desenhava com excessiva facilidade. Do seu lapis facil ficaram muitas caricaturas notáveis pela graça e rapidez do traço. (...) Comia pouco de ordinário e não gostava e até motejava dos desvarios da phantasiada culinaria francesa. (...) Uma coisa singular: D. Pedro V, que era um principe tão methodico em todas as suas coisas, tinha sempre em grande desordem os papeis e livros do seu gabinete d'estudo." (pgas. 23/8)

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Assim vai a leitura em França



"Desde há cerca de 50 anos, o número de leitores de livros diminuiu bastante em todos os países industrializados. Em França, por exemplo, o número de grandes leitores entre os 15-28 anos (mais de vinte livros por ano, o que corresponde a cerca de meia hora de leitura quotidiana) passou de 35% para 11%. Em 1960, os alunos do terminal precisavam, em média, de quatro minutos para ler (e compreender) um texto curto e bastante simples de mil palavras. Meio século depois, precisam de cinco minutos."  

Lire Magazine nº 523 (pg. 54).

Nota pessoal: creio que, em Portugal, a situação será semelhante. Se não for pior...

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Do que fui lendo por aí... 60

 

Amar um escritor, é querer que ele nunca pare de escrever. Assim, depois da sua morte, antes de nos prepararmos para nunca mais, senão relê-lo, passámos a pente fino dossiês e papéis dispersos, na esperança muitas vezes desiludida de descobrir um inédito maior, um diário íntimo surpreendente, uma correspondência desconhecida. Quando esgotamos todas estas pistas, só nos resta aquilo que os amadores chamam «curiosidades» ou «documentos» - que os contemporâneos se apressam a designar como "fundos de gaveta". É certo que a fronteira entre eles é frágil. Ela passa pela estima que dedicamos ao escritor em questão. E pelo desejo de compreensão tão amplo quanto possível dum percurso literário. Portanto, de uma vida.

Josyane Savigneau (1951), em prefácio a Conte bleau..., de Marguerite Yourcenar (1903-1987).

domingo, 8 de outubro de 2023

Divagações 189



Entre a fama e o apagamento dos lugares, o mais difícil é o gradual equilíbrio intermédio da passagem.
No primeiro capítulo do Viagens, livro focado anteriormente, aqui no Arpose, Stefan Zweig (1881-1942) escreve sobre a praia belga de Ostende, em 1902, então no seu esplendor turístico e veraneante. Também eu ouvira falar dela, ainda em meados do século XX, como praia estrangeira de moda. Mas quando por lá passei, em finais dos anos 90, a sua decadência era já notória e deprimente. Melhor estava, ou parecia estar, Blankenberge que sempre fora modesta ou pouca ambiciosa na sua projecção de destino turístico de Verão, guardada, muitas vezes, para mutilados da II Grande Guerra e famílias mais humildes ou de poucas posses.
O declínio de Ostende no final do século, fez-me lembrar a portuguesa praia da Granja, a norte, que também fora famosa, mas se encaminhara para a ruína turística, com os seus palacetes abandonados e jardins descuidados. Entretanto, e no sentido contrário, a Póvoa de Varzim que fora, nos anos 50/70, de arquitectura harmoniosa, à beira-mar, crescera depois, de forma desmesurada e selvática, para mal de nós.

sábado, 7 de outubro de 2023

Últimas aquisições (48)



É uma edição recente (Relógio D'Água, 2021) e acabei de comprar o livro hoje.
Stefan Zweig (1881-1942) foi um autor polifacetado e que era muito apreciado e vendido nos anos 50/70 do século passado. Li vários livros dele, na altura. E assisto recentemente, com muito agrado, à reedição de várias obras suas. É um ressurgimento pouco habitual em autores do passado. Mas que eu acho bem merecido.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Natureza latente



Na zona climática intermédia, depois da natureza generosa dos frutos de Verão, a rosa alta, embora se tenha despedido de todas as folhas, mantém-se na jarra com todas as pétalas ressequidas, mas presas ao caule, em suspensão. Como se quisesse ficar connosco. A laranja, enrugada embora, conserva a maturidade e faz-lhe companhia, na fruteira ao lado. Perto, há pêras em abundância, melão, bananas da Madeira e sul-americanas, mais um diospiro já maduro. Do Outono já entrado, só podemos esperar em diante a surpresa das romãs, as castanhas e outros (poucos) frutos secos.
Quanto a romãs, uma amiga dedicada ofereceu-nos 3 bem bonitas. Por sainete, HMJ, juntou-lhes um diabrete barcelense, na fotografia que tirou. E talvez para lembrar Eugénio de Andrade: Das romãs eu amo/ o repouso no coração do lume.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Anunciado


Pelo menos, não é cantautor - deus haja! 
Como dizia o outro, para definir a África do Sul: "nunca lá fui!" De  Jon Fosse (1959), norueguês, prémio Nobel de literatura de 2023, nunca eu li nada. 
Oxalá  mereça o Nobel.

Citações CDLXXVI

 

"- E a República, amigo José Rodrigues*? Não diga muito mal que não somos de segredos...
- Muita léria, muito papel e poucas obras. Não tem correspondido ao que os marinheiros d'ella esperavam." (pg. 233)

Joaquim Madureira (Braz Burity), in Na «Fermosa Estrivaria» (1911).

* alferes marinheiro do cruzador Adamastor.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Arcaísmos III


Mais uma série de nove arcaísmos portugueses, com o seu significado e em sequência alfabética. Seleccionados da obra referida anteriormente.

1. Aliavas - Tributo para o sustento dos cães com que os reis caçavam.
2. Aljama - Bairros de Mouros ou de Judeus.
3. Alrotar - Pedir esmola em alto clamor. Desprezar com soberba e arrogância.
4. Alverca - Terra pantanosa.
5. Anafado - Bruto, que tem o pelo nédio e luzídio. Sujeito de boas cores.
6. Assoar - Ajuntar, convocar o povo.
7. Aufesto - Acima.
8. Avessar - Subornar; corromper.
9. Azaqui - Décima dos frutos da terra que os Mouros do termo de Lisboa pagavam à corôa.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Desnorte



Creio que o Nobel atribuído às Ciências mantém, ainda hoje, a respeitabilidade e rigor em relação aos nomeados e premiados, pese embora o facto de que uma avaliação criteriosa do cidadão comum obrigasse a um conhecimento mínimo, mas também a alguma especialização da matéria em causa. A atribuição recente do Prémio Nobel de Medicina aos pioneiros (o norte-americano D. Weissman e a húngara K. Karikó) na descoberta de vacinas contra o covid-19, no entanto, parece-me séria e sensata. Merecida, também.
Quanto ao Nobel da Literatura, na minha perspectiva e de há uns tempos a esta parte, o desnorte e irracionalidade crítica têm sido quase sempre dominantes, quanto aos premiados. Neste ano de 2023, a "bolsa de valores" contém 5 escritores candidatos. Mas as notícias sensacionalistas encaram a hipótese de Joni Mitchell ou Patti Smith poderem vir a ser escolhidas. E porque não Elton John?, pergunto eu...
Agora, falando a sério, e se eu fosse do júri votaria, convictamente, em J. M. Coetzee (1940).

Nota pessoal, posterior: por lapso de memória, não me lembrei que Coetzee tinha sido nobelizado em 2003, conforme Maria, no blogue amigo Prosimetron, me recordou, e a quem agradeço.
Assim, este ano, não teria candidato. Abstinha-me.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Da leitura (53)



Como se segue:

"Não é caso único: a Octavio Paz, no fim da vida, ardeu-lhe uma biblioteca cheia de raridades bibliográficas; e o italiano Giovanni Papini perdeu os seus livros, que estavam numa cave, durante umas cheias.Todas as vidas têm um fundamento material, mas a vida de um escritor é quase só papel, um suporte duradouro mas exposto a tantos perigos e inimigos. Perder uma biblioteca é de certo modo perder tudo, o maior pesadelo para quem fez dos livros a sua vida."

Pedro Mexia (1972), in Biblioteca (pg. 236).

domingo, 1 de outubro de 2023

Retro (116)



Eram assim (simples) os anúncios com publicidade, das bebidas alcoólicas ao chocolate, no ano de 1909.  

Revivalismo Ligeiro CCCXXII


Rão Kyao no Dia Internacional da Música.

Adagiário CCCLVII



Quando Adão cavava e Eva fiava, a fidalguia onde estava?