sábado, 31 de maio de 2014
Clãs
Os núcleos familiares irradiam, normalmente, dum epicentro forte, muitas vezes matriarcal. Nas ceias de Natal, as mulheres trazem os homens ou maridos, para a casa materna, por exemplo e maioritariamente.
A distância, (tamanho) como dizem os brasileiros, não é documento. Importa sobretudo a estratégia, a logística apurada e, acima de tudo, a afectuosa circunstância.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Torga
Seria quase um sacrilégio, estando no Alto-Douro, não falar de Torga. Porque ele é aqui uma espécie de herói regional, um santo laico, uma referência constante. E o seu nome tanto o podemos ouvir de um bancário, de uma jovem empregada de restaurante, como de um singelo lavrador.
No seu diário, em 1977, Miguel Torga gravou, para sempre: "A velhice é isto: ou chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez."
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Adagiário CLXXV : provérbios espanhóis (4)
2. La calabaza, ni engorda, ni embaraza, pero llena la tripaza.
3. El agua, para un susto, y el vino, para mi gusto.
Regionalismos transmontanos (39)
2. Fandinga - maltrapilho. Garoto.
3. Faramalha - presunção, prosápia sem razão. Palavreado oco e vão.
4. Farfalhas - flocos de neve.
5. Farrancho - lata velha em que se bate para fazer grande ruido (conheço como: ferrancho).
6. Farromeu - vaca velha.
terça-feira, 27 de maio de 2014
Citações CLXXVII
O tempo, diz-se, não vem senão uma vez, mas também se diz que é preciso tempo para o esperar.
Leon Battista Alberti (1404-1472).
domingo, 25 de maio de 2014
Momentaneamente, por aqui...
...por onde, os sumptuosos declives montanhosos, minuciosamente trabalhados, me lembram os carreirinhos do cabelo de Mariza, preparados para os espectáculos de Fado. Fados diferentes, no entanto...
Telegrama
Sem rede STOP nem net nem tmv STOP portugal alto e profundo STOP blogue "congelado" por uns dias STOP lamento STOP
Aps.
sábado, 24 de maio de 2014
Liszt / Bolet
Jorge Bolet (1914-1990) é para mim, depois de Alfred Brendel, o intérprete de Liszt que mais aprecio.
A minha menor e provável disponibilidade, nos próximos dias, leva-me a aqui deixar um vídeo de maior extensão do que é habitual: a Sonata em si menor, gravada por Jorge Bolet, em 1960. E que é uma das obras capitais do grande compositor húngaro.
Bom fim-de-semana!
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Com atenuantes...
Compreende-se, talvez, que um bailarino tenha vários instrumentos para uso da sua profissão, o que talvez não se justificava é que Imelda Marcos tivesse mais de mil pares de sapatos...
Nesta fotografia dos anos 30, feita por Bob Landry, Fred Astaire posa com dezenas de "ferramentas" profissionais, para uso pessoal. Imagine-se um escritor deixando-se fotografar com tantas canetas ou máquinas de escrever, perante a objectiva. Ou um pianista, entre vários pianos, para uso próprio...
A benevolência do observador tem, por vezes, dois pesos e duas medidas. Curiosamente.
Apontamento 48: Narvid Kermani
[Grundgesetz, 23.5.1949 - Constituição alemã]
Tomei conhecimento, através do
jornal DIE ZEIT, que o Parlamento alemão convidou Narvid Kermani para falar e
assinalar os 65 anos que a Lei Fundamental da Alemanha, ou seja a Constituição
do país, celebra hoje.
Narvid Kermani nasceu na Alemanha,
de pais iranianos, e habilitou-se em Estudos Orientais, para além de exercer a
sua actividade principal, i.e., ser escritor. A elevação do seu discurso,
enaltecendo uma matriz cultural, social e política, tão arredada dos actuais
responsáveis políticos do país, manteve-se e aprofundou--se, mesmo nos momentos
em que o orador distribuiu críticas, fundadas e severas, aos representantes da
nação, reunidos, para o efeito, no Parlamento.
Escutei, reconciliada e com
gratidão, as palavras do convidado de honra, pois soube honrar a essência da
Humanidade em detrimento de desvios óbvios do espírito fundador da Lei
Fundamental. Houve quem não “aguentasse” a superioridade e eloquência do orador
e, num gesto de rudeza e baixeza de espírito, abandonasse a sala. Nada mais,
nada menos que o senhor Georg Nüsslein, vice-presidente da bancada da CDU/CSU,
interpretando, porventura, o que vinha na alma da chefe máxima.
Gravei o texto para memória presente
e futura, deixando o endereço para quem quiser e conseguir aceder a um
belíssimo discurso, infelizmente em alemão
[www.bundestag.de/dokumento/textarchiv/2014/-/280688].
Post de HMJ
Cronologia e afinidades
Há muito de natural que nasce, em nós, das decisões primeiras e matriciais. E, depois, continua, porque está certo e está de acordo com o nosso sentimento ou razão mais profundos.
A ordem cronológica (e de cima para baixo) sempre presidiu à minha arrumação dos livros. Pela quantidade, a certa altura, tive necessidade de criar espaços distintos para as várias temáticas: Literatura portuguesa (subdividida em prosa e poesia), História, Ensaio e Filosofia, Literaturas estrangeiras, Monografias, etc. Com os policiais, à parte, numa pequena estante que me vem da juventude.
E, hoje, lembrei-me destes factos por causa de uma citação inserida na crónica de António Guerreiro, na revista ípsilon. Regista ele: "...Nela (Biblioteca de Warburg), os livros estavam ordenados não pelas regras da biblioteconomia mas segundo o «princípio de boa vizinhança»..." Pois eu faço o mesmo, principalmente, com os autores portugueses: Sá de Miranda, na prateleira, está entre Bernardim Ribeiro e Diogo Bernardes; Herculano com Garrett, Alberto de Oliveira fica junto de António Nobre (foram grandes amigos), Herberto Helder na companhia de O'Neill e Cesariny. Até as minhas poucas coisas ficam ao lado dos livros do meu bom amigo António...
para MR, que bem compreenderá...
para MR, que bem compreenderá...
Lembrete 18
Aqui há muitos anos atrás, num ronceiro ferro-velho vimaranense (ou conimbricense?), que também costumava ter louças, móveis e livros, e que eu visitava, muito raramente, deparei-me com esta primeira edição (Vagão "J") de Vergílio Ferreira. O livro, truncado, tinha sofrido tratos de polé, não tinha capas e faltavam-lhe as primeiras 8 páginas, que teriam sido arrancadas. Fiquei indeciso, mas acabei por perguntar o preço - uma ninharia, disse-me o homem. E acabei por o trazer de bónus, com um rústico, mas bonito, prato roseiro, que lá comprei, na altura. Fiz-lhe umas capas artesanais, onde rabisquei uns desenhos pueris que, em nada, se comparavam à interessante capa, original, de Victor Palla. E assim ficou o livro, incompleto, na biblioteca.
Por isso, eu não poderia ficar indiferente a esta edição fac-similada. O Lembrete é que já vai tarde, porque o livro saiu ontem, com o jornal Público. Mas talvez ainda seja possível adquiri-lo, quem o quiser...
Adagiário CLXXIV : provérbios espanhóis (3)
- Con melón, o sobre peras, o sobre brevas, vino bebas.
- La leche y el vino, hacen viejo el niño.
- En la mesa y en el juego, la educación se ve luego.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
De uma fala de Bieito da écloga Basto, de Sá de Miranda
não andes nestes entejos;
não sejas tam vindo à banda,
tem-te às voltas co's desejos:
anda por onde o carro anda.
Vês como os mundos são feitos:
somos muitos, tu só és;
por isso, em todos seus geitos,
um esquerdo antre direitos
parece que anda ao revés.
Dia de maio choveu:
a quantos a água alcançou
o miolo revolveu;
houve um só que se salvou,
que ao coberto se acolheu.
Dera vista às semeadas,
as que tinha mais vezinhas;
viu armar as trovoadas,
acolhe-se às bem vedadas
das suas baixas casinhas.
Ao outro dia um lhe dava
paparotes no nariz,
vinha outro que o escornava;
aí também era o juiz,
que se de riso finava.
Bradava ele: - Homens, estai!
iam-lhe co dedo ao olho.
Disse então: - E assi che vai?
Não creo logo em meu pai,
se me desta água não molho.
Apaixonado qual vinha,
achou num charco que farte;
o conselho havido o tinha:
molhou-se de toda a parte,
tomou-a como mèzinha.
Quantos viram lá correram:
um que salta, outro que trota,
quantas graças i fizeram!
Logo todos se entenderam:
ei-los vão numa chacota.
Nota: o excerto segue a versão de Rodrigues Lapa (Sá da Costa, 1942).
Cartaz
O sugestivo cartaz publicitário, em imagem, de 1902, concebido por Eugène Oré (1861-1936), destinava-se a divulgar a revista francesa La Lanterne que, criada em 1877, a partir daquele ano passou a ser dirigida por Victor Flachon, até 1912. A publicação distinguiu-se pela sua campanha anti-clerical, que viria a culminar com a promulgação da lei da separação entre a Igreja e o Estado francês, a 9 de Dezembro de 1905.
com agradecimentos a H. N..
quarta-feira, 21 de maio de 2014
A fatal continuidade portuguesa dos maus exemplos antigos
Já aqui falei (Bibliofilia 24, em 1/8/2010) deste senhor, Teotónio Gomes de Carvalho (1728?-1800), medíocre poeta (Tirse Minteu, arcadicamente) que, com Garção, Quita e Cruz e Silva, fundou a Arcádia Lusitana, em 1756.
Se era canhestro a poetar, não o era a saber viver. Era um digno antecessor dos nogueiras leites e dos nobres guedes, que hoje se multiplicam pelas administrações chorudas das maiores empresas portuguesas. Nas Recordações de Jacome Ratton (pgs. 219/20), o autor traça-lhe, indignado, o perfil:
"...Esta mudança da Junta em Tribunal attribue-se á influencia do Secretario, Theotonio Gomes de Carvalho, para com o Arcebispo Confessor, a quem fôra apresentado, e recommendado por Joaõ Ferreira, algum tempo antes; e foi obra de poucos dias, que o dito Secretario se demorou no sitio das Caldas da Rainha, aonde se achava a Soberana, naõ lhe cabendo no tempo formalisar os Estatutos, que deixou para mais de vagar. Mas como se visse nomeado Deputado, e Secretario, cujo rendimento conhecia perfeitamente, naõ tratou mais da organisaçaõ dos estatutos, por naõ esperar melhoramento nos seus interesses; e para os segurar mais cessaraõ os lugares de Deputados de ser trienaes. Era entaõ Presidente do Real Erario, que tambem o ficou sendo da Real Junta, o Marquez de Ponte de Lima, sobre o qual adquirio o dito Theotonio Gomes de Carvalho huma decidida influencia ao ponto de que sendo Deputado, e Secretario da Junta, e mesmo presidindo como Deputado mais antigo, nas faltas do Presidente, foi desde logo nomeado primeiro Director da Real Fabrica da Seda e Obras das Aguas livres, a que se seguio a administração arbitraria do Porto franco, depois a das Sette casas, e finalmente o lugar de Conselheiro da Fazenda do Ultramar. Julgue o meu leitor como seriaõ desempenhados os empregos de que este homem se achava encarregado, e se convem ao Soberano permittir taes cousas nas administraçoens Publicas, e de Justiça; julgue mais o leitor como andariaõ os negocios da Real Junta com hum Secretario, Deputado, e o mais do tempo Presidente..."
Apontamento 47: A deriva da Senhora Merkel é um pesadelo para o cidadão da Europa
Poucos dias antes das eleições para o
Parlamento Europeu, a Senhora Merkel brinda-nos, mais uma vez, com a sua
habitual arrogância e num total desrespeito pelos tratados fundamentais da UE,
a saber:
“Os membros da Comissão são
escolhidos em função da sua competência geral e do seu
empenhamento europeu de entre
personalidades que ofereçam todas as garantias de independência.
A Comissão exerce as suas
responsabilidades com total independência.
E, os membros da Comissão não
solicitam nem aceitam instruções de nenhum
Governo, instituição, órgão ou
organismo.”
Ao que parece, a “poderosa” Senhora
já alcançou a “concordância, na GROKO [=coligação CDU/SPD] para a «ocupação»
das posições-chave na UE”, claro está, depois do resultado das eleições
próximas.
Perante esta deriva, no mínimo
perigosa, pergunta-se o cidadão o que significa, para os políticos da
Alemanha”, o preceito fundamental da UE, prevendo que “todos os cidadãos têm o
direito de participar na vida democrática da União”. O cidadão da Europa irá
votar no próximo Domingo, sabendo que, no seu centro, a Alemanha já dividiu os
“tachos”, e certamente a seu favor ?
De facto, o ataque aos princípios
fundamentais da UE não poderia ser mais significativo. E é uma
profunda afronta aos princípios democráticos dos verdadeiros cidadãos da
Europa.
Post de HMJ
Pinacoteca Pessoal 77
Pintor, designer, gravador, notável aguarelista e ilustrador de livros, Eric Ravilious (1903-1942) foi grande amigo de Paul Nash (já aqui referenciado) que, provavelmente, terá influenciado a sua obra.
A II Grande Guerra, em que tomou parte, como piloto da RAF, deu-lhe motivo para uma boa parte dos seus trabalhos, onde as cores claras atenuam, de alguma forma, os horrores da violência e tragédia.
Tal como Saint-Exupery, o seu avião, que nunca foi encontrado, desapareceu, em 1942, nos mares da Islândia. Apesar da vida breve, produziu uma vasta obra, muito peculiar e interessante.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Citações CLXXVI
A libertação da linguagem das leis da gramática, em direcção a um reordenamento mais original e essencial, está reservada ao pensamento e à criação poética.
Martin Heidegger (1889-1976), in Pathmarks (Wegmarken), Cambridge University Press (1998).
Mercearias Finas 87
Da região saloia, de positivo, o que primeiro me vem à memória, é o rústico e saboroso vinho de Cheleiros, que já não provo há mais de 30 anos. Se recuar mais uns 15, num restaurante caseiro - já desaparecido - do centro de Mafra, vêm-me à ideia uns bifes tenros de vitela que, por vezes, lá jantava às sextas-feiras. Para me compensar da semanal comida de caserna e para me dar forças para o cross matinal dos sábados.
Mas Mafra mudou imenso. Desembarcados no largo, frente ao Convento, demos pelo "Sete Sóis" que, além dum Caril de Lulas, gulosamente e cinegético, rezava assim:
- Ensopado de veado
- Alheira de caça
- Espetada de javali e veado
- Costeletas de javali.
Ora, esta variedade, em Maio, só por milagre ou por excesso de população bravia na Tapada... Bem fomos, dois do grupo, na Espetada que estava bem grelhada e esplêndida, fazendo-se acompanhar de batatas a murro, recheadas a Rocquefort, mais uma boa salada colorida. Esgotado o vinho que eu pedira, em primeira mão, trouxeram-me um amadurecido Casa de Santar 2003, tinto, que, embora com pé grande, estava macio de aroma e sabor. Mafra reconciliou-se-me pelo estômago, passados tantos anos, depois desse semestre inóspito de 1968.
A não perder, quem lá for, este restaurante "Sete Sóis", de bom serviço, e donde se pode ver (sala de jantar, no 1º andar) o Convento e lembrar Saramago, que era um homem sério, interventivo e, quase sempre, justo.
Regionalismos transmontanos (38)
2. Eurreta - planície entre montes.
3. Facanito - entidade mística. Rapaz pequeno e malandreco.
4. Faial - despenhadeiro, alcantil.
5. Falacha - bolo de massa de castanhas secas.
6. Falgoseiro - carinhoso, terno, meigo (diz-se principalmente das crianças).
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Beethoven
Discutível para alguns, este incompleto Concerto para piano e orquestra nº 6, quanto à autoria (de Beethoven), terá sido concebido nos anos de 1814 e 1815. Embora me pareça inferior ao Concerto nº 5, quem sou eu, ignorante amador de música, para lhe recusar beleza e harmonia?
Os universos diminutos
Tive, hoje, uma afirmação arriscada, talvez, até, insuficientemente fundamentada. Disse eu: "Presentemente, creio que mais de 90% da cultura é colhida na net, e da pior das formas..." E acrescentei: "Quando um(a) visitante francês(a), e de Paris, vem ao pobre do Arpose, para colher a imagem de uma tela de Degas, está tudo dito!..." (Aqui representada, encimando o poste.)
Onde é que me apeteceria estar?!
Variedades
Destes adereços pilosos masculinos, não imaginava eu que houvesse tanta variedade e até origens nacionais: à russa, à inglesa, à húngara...
Na minha ignorância, só conhecia bigodes à Charlot, à Hitler, à Pancho Villa, à Cantinflas, à Dali, pela sua originalidade criativa singular.
Mas não posso deixar de destacar, no segundo mostruário, pela irreverência e consagração, o bigode à Frida Kahlo. Essa ícone feminina do nosso tempo, adorada por tantas senhoras cultas e letradas...
domingo, 18 de maio de 2014
Sardinhas, jacarandás e Alcochete
As sardinhas, apesar de ainda magras, estavam, as seis, plenas de mílharas, como os jacarandás, cheios de folhas, mas ainda sem flores que se vissem. Ao contrário dos da 24 de Julho, em Lisboa, já floridos, mas despidos de folhagem, talvez por causa da poluição automóvel da avenida, que com as obras, na Ribeira das Naus, ainda está pior de trânsito.
Ora, Alcochete (Al Caxete[árabe]= O Forno) tem aquele rara harmonia de algumas (muito poucas) terras ribeirinhas, em que as águas, o céu e as areias se casam, em aliança equilibrada, com os ventos que sopram, purificando o ar. Para aqui veio, em 1469, D. Beatriz, fugindo aos ares empestados de Lisboa. E aqui deu à luz o venturoso D. Manuel, no último dia do mês de Maio.
Para próximo daqui, Barroca de Alva, veio também Jácome Ratton, em 1767, não já por causa dos bons ares, mas para explorar umas salinas, e para melhor tratar desses negócios, que o Marquês apoiava.
E eu que só queria falar das primeiras sardinhas que comi este ano... As palavras - dizem - são como as cerejas. E que boas que elas estão, neste ano da graça de 2014!...
Dia Internacional dos Museus : dos fumos da Índia (ex-portuguesa)
Esta exposição (Esplendores do Oriente - Jóias de Ouro da antiga Goa) foi inaugurada a 16 de Abril e poderá ser vista no MNAA, até 7 de Setembro de 2014. O vídeo é suficientemente elucidativo sobre a sua importância. Fica a recomendação.
com os melhores agradecimentos a AVP.
Adagiário CLXXIII : provérbios espanhóis (2)
- El queso, pesado, y el pan, liviano.
- Uvas con queso, saben a beso.
- La pimienta es chica y pica.
sábado, 17 de maio de 2014
Apontamento 46: Reforma do Estado, precisa-se !
Quando
os indígenas não entendem o razoado das instruções oficiais, ultimamente apenas
acessíveis “on-line” sem contraditório, a não ser por diversas, penosas,
repetitivas e onerosas chamadas para “Linhas de Apoio” inúteis, o que será de
um pobre forasteiro deitado às feras do complicadíssimo sistema electrónico de
portagens para se movimentar no país!
Sublinho,
no entanto, que a entrada neste universo kafkiano fica reservado aos cidadãos
conscientes, preocupados com a legalidade e o dever de pagar o devido. Aos
restantes, é “fartar vilanagem” e
esperar o que acontece, depois, já longe do país que não consegue, nas coisas
mínimas, reformar o Estado, organizando as obrigações diárias de uma forma
clara, acessível e rápida.
Passo
a explicar o essencial.
Uma
viatura com matrícula estrangeira pretendia entrar no país e circular durante
um mês aproximadamente. Solicitou a minha ajuda e confesso que perdi algumas
horas para tentar perceber o “sistema” subjacente a um estrangeiro andar pelo
país de automóvel. A solução encontrada, depois de muita consulta e ponderação,
foi uma tarjeta chamada “Easytoll”. Tudo em Inglês como convém a um país
soberano !
Estava
tudo combinado quando o desgraçado visitante não conseguiu passar na máquina do
“Easytoll” ao entrar na fronteira. O “bicho” não lhe aceitou o primeiro cartão
de crédito, nem o segundo. Com a minha ajuda, lá chegou ao próximo porto de
abrigo, uma área de serviço que lhe vendeu um “Tollcard”, recarregável., que
lhe daria, como lhe disseram para chegar a Lisboa.
Ora,
consultada a página do “Tollcard” dizia que dava para circular “em auto-estradas
com portagens electrónicas”. Só hoje, e após inúmeras chamadas telefónicas,
fiquei a saber que, em Portugal, há as antigas auto-estradas e as outras e que
o tal cartão “Tollcard” só dá para as outras e não permite passar numa via de
portagem electrónica com Letra V.
Claro,
o mal não está nas capelinhas da VIA V e dos CTT que exploram os dois sistemas
e que não se querem entender para prestar um serviço eficaz ao cidadão. O
cidadão é que é burro e não percebe a diferença. Desgraçado do estrangeiro que
nem a língua do país fala.
No meio
destes negócios, VIA VERDE e CTT, quem perde é a imagem do país, incapaz, e com
conivência superior do Governo, de prestar um serviço claro e eficaz a um
visitante que pretende circular sem complicações, pagando o que deve, naquilo
que lhe pareçam auto-estradas, tanto pelo traçado como pelo aspecto.
Falta
explicar aos forasteiros o que são as “auto-estradas” antigas e as outras,
embora, de aspecto, tenham portagens electrónicas, ou seja, passa-se e
regista-se a matrícula.
Confesso
que ainda não encontrei uma forma acessível, e diplomática para o país, para
explicar a diferença entre a imagem acima – o indicativo das “outras auto-estradas”
– e a imagem seguinte, já que tanto nas imagens do “Google” apareçam, sem
distinção, as duas portagens electrónicas, como não se percebe a distinção olhando para o mapa.
Será
que o “Road for Growth.” me ajuda a explicar aos forasteiros que o país está no
melhor dos mundos ?
Post de HMJ
A contento geral, ou com a "mainstream"
Como hoje tem havido muito poucas visitas, ao Arpose, a receita é curta e só deu para mandar cantar um ceguinho... que, aliás, tem muito boa voz.
Amanhã, domingo, veremos.
Retro (47)
Os anúncios (em imagem) são de 1909/10, e cobrem um amplo espectro de apetites cosmopolitas. Do chocolate ao espumante, passando pelas águas salinas, sulfurosas e purgativas, para retemperar dos eventuais excessos gastronómicos...
Ambiguidades cristãs
Já por aqui o disse: nunca tive grande simpatia pelo cardeal Montini, esfíngico e diplomático, que se veio a tornar no papa Paulo VI. Para além de tudo fazer para desacelerar as medidas originadas no concílio Vaticano II, depois de ter recebido, no interior da Santa Sé, em audiência privada, Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Mondlane, veio a Fátima abençoar, publicamente, Cerejeira e Salazar, e oferecer-lhes uma rosa de ouro...
Soube agora que nesta pressa católica de novos mártires que irá santificar João XXIII e João Paulo II, também ele, Paulo VI, irá ser beatificado. Em abono da sua personalidade, um pormenor saboroso: João XXIII, na sua infinita bondade e perspicácia, alcunhava-o de "cardeal Hamlet", ao que parece pelo seu humor atormentado. O breve João Paulo I é que parece ter sido esquecido pela Cúria Romana, nestas apressadas promoções...
sexta-feira, 16 de maio de 2014
E assim acontece
Sem saber o motivo, assistimos, sem aviso prévio, a um pequeno espectáculo de fogo de artifício, centrado, pela localização, na Praça do Comércio.
Seria para festejar a saída dos "troikanos" ?
Post de HMJ
Adagiário CLXXXII : provérbios espanhóis (1)
O livro (1939?) do médico Antonio Castillo de Lucas (1898-1972), cuja capa aparece em imagem, e que me foi oferecido pelo meu bom Amigo H. N., além de muito interessante, tem no final uma selecção de rifões espanhóis relacionados com a alimentação. Fiz eu próprio uma selecção daqueles provérbios que não me parece terem correspondentes em português, e que irei postando, a pouco e pouco. Mantive-os em castelhano, porque me parece serem de fácil compreensão. Seguem os primeiros três:
- Más valen dos bocados de vaca, que siete de patatas.
- El buen alimento cría entendimiento.
- El agua, ni envejece, ni empobrece.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
Uma fotografia, de vez em quando (37)
Nascido na Polónia, mas naturalizado americano, em 1942, David Seymour (1911-1956) foi, com Cartier-Bresson e Robert Capa, um dos fundadores da Agência Magnum, em 1947. A cobertura da Guerra Civil de Espanha deu-lhe merecido reconhecimento, a nível mundial, bem como algumas fotos que testemunham a alegria do povo pela vitória da Front Populaire, em França. As crianças foram outro dos seus temas predilectos, mas tem também excelentes retratos de celebridades: Lorca, Ingrid Bergman, Sophia Loren...
Quando cobria a intervenção no Suez, em 1956, foi atingido mortalmente por disparos de soldados egípcios. Apesar da vida curta, a sua vasta obra fotográfica merece ser lembrada.
Citações CLXXV
O ratio de literacia em relação à iliteracia tem-se mantido constante, mas hoje em dia os iletrados conseguem ler e escrever.
Alberto Moravia (1907-1990).
quarta-feira, 14 de maio de 2014
A oficina de G. Simenon
Por curiosa coincidência reli, há dias, o mais divertido - na minha perspectiva, e que eu conheça - dos romans durs de Simenon: La maison des sept jeunes filles. E, hoje, inteirei-me, no TLS, de um bem elaborado artigo de Julian Barnes (1946), que saúda a reedição (à média de um por mês), pela Penguin, de uma boa parte da obra do escritor belga, em tradução inglesa, efectuada por profissionais qualificados que dão, à partida, uma garantia de qualidade e rigor às versões em causa.
A recensão de Barnes (Maigretland), às primeiras seis obras já editadas, dá algumas pistas e fornece algumas informações que eu não tinha. E que vou alinhar, de seguida:
- Simenon não apreciava literatura (no seu sentido restrito) e tinha grande dificuldade, por enfado, em ler, por exemplo, Gide, escritor que o admirava muito, bem como à sua obra. E de quem era amigo.
- Apesar disso, Simenon desejava muito ter o prémio Nobel. Chegou a escrever: "...em 1947, ganho o Nobel!" Para sua decepção e contrariedade, quem o ganhou nesse ano foi André Gide.
- O criador de Maigret preocupava-se em utilizar, nas suas obras, um vocabulário banal e restrito (pouco mais de 2.000 palavras diferentes), de forma a que o seu leitor médio não necessitasse de ir ao dicionário, ao ler os seus livros. Evitava também as metáforas e os efeitos retóricos.
- Georges Simenon procurava fugir a emitir juízos morais em relação às personagens das suas obras. Fazia questão de não escrever romances muito grandes. Além disso, são raríssimas as alusões à política do seu tempo. Ou mesmo à II Grande Guerra.
Comic Relief (89)
Eu diria: Malefícios de uma dieta vegetariana excessivamente rigorosa.
Mas a legenda original do cartoon, da revista alemã Stern, vai mais longe e propõe, em tradução literal:
"A indústria da carne alerta para eventuais efeitos secundários negativos."
terça-feira, 13 de maio de 2014
Nem tudo vai mal...
..., pelo menos, quanto à polinização, porque da população das abelhas portuguesas, nos últimos tempos, não perdemos sequer 10%. Enquanto a Finlândia perdeu mais de 75%, assim como a Inglaterra.
Obsv.: a estatística vem em Der Spiegel de 28/4/2014.
O estado do mar
O passado é uma história que nos contam: como na ficção, podemos acreditar, ou não...
O mar da Areia Branca, ontem, estava ligeiramente picado e com muitos "carneirinhos", mesmo ao longe. Três pequenos (?) barcos distantes vinham de norte para sul, talvez na faina da pesca, e não havia surfistas a praticar a sua actividade desportiva. Cinco banhistas, dos quais 3 tomaram banho apesar do vento forte e frio, ocupavam a praia deserta, abrigando-se junto ao pequeno muro, a norte.
Mas o que mais singulariza este mar da Areia Branca é a sua cor. De um azul cobalto carregado, que talvez só tenha paralelo em postais dos anos 50, com cores excessivamente fortes e irreais. Quase não dá para crer. Ao pé dele, o mar da Arrábida pareceria retintamente verde alface ou, quando muito, azul bebé...
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Leituras à beira-mar
O encontro nocturno, com uma livraria pessoal, recheada com títulos tentadores pela diferença das escolhas, encaminhou-me para uma versão do Eclasiastes. A apresentação é de Jorge Sampaio, editado em 2001, pela Três Sinais Editores.
A leitura da versão do Eclesiastes fez-me recordar uma canção, que conhecia muito bem e sempre apreciei, de Pete Seeger. E, para constar, aqui fica.
Post de HMJ
De Pero Meogo (séc. XIII)
foi-s'o meu amigu'e, se alá tardar,
que farei, velidas?
Ai cervas do monte, vin vo-lo dizer:
foi-s'o meu amigu'e querria saber
que farei, velidas?
domingo, 11 de maio de 2014
Da toponímia regional
Da Consolação (praia) há marcas e vestígios numerosos em poemas de Ruy Belo e J. M. Fernandes Jorge. De S. Bartolomeu dos Galegos ou A-da-Gorda, porque excessivamente ruanos, não conheço memórias em escritos de gente ilustre. Em relação a Atouguia da Baleia ou Baleal, que fica perto, há referências históricas longínquas, talvez pelos cetáceos que, por esses tempos antigos, visitavam estas paragens marítimas. Mas de Paimogo, palavra e nome de terra de que eu gosto particularmente, pouco se diz. Aprecio-a, porque me lembra o trovador Pero Meogo dos cancioneiros medievais; e, se eu estiver bem disposto, não posso deixar de me recordar das lentes garrafais de Mr. Magoo. Uma coisa não vem sem a outra...
Embora, hoje, Paimogo seja, apenas ou quase só, um forte do séc. XVII, bastante derruído. E é pena.
Curiosidades 27
Com a provecta idade que o mundo já tem é impossível sabermos tudo sobre algum assunto específico, mesmo que, ao longo das nossas pequenas vidas, nos dediquemos apenas a especializar a nossa parca sabedoria em dois ou três motivos particulares.
De vinhos brancos sabia eu que, ao contrário do que se julga, podem ser tanto ou mais longevos do que os tintos de guarda. Estão aí os Sauternes e os do Bussaco, para o provar. Mas o que eu desconhecia é que o vinho branco mais antigo, e bebível, era alemão. E quase tricentenário.
Fiquei também a saber-lhe o nome, Rüdesheimer Apostelwein 1727, pela crónica de Rui Falcão, na Fugas do jornal Público, de ontem. Um tonel de 3.000 litros encontra-se à guarda da Câmara de Bremen que, excepcionalmente, disponibiliza meia garrafa, engarrafada na altura da visita de alguma personalidade importante que se desloque à cidade hanseática, e que assim é presenteada com esta preciosidade de uma colheita excepcional e das melhores de sempre.
Em abono do seu valor posso acrescentar que a última meia garrafa vendida, em 2000, pela Christie's, atingiu a astronómica soma de 825 libras esterlinas, quando foi arrematada.
sábado, 10 de maio de 2014
Produtos Nacionais 16
Nesta outrora Estremadura, duma conveniente geografia administrativa centralizada, ressalta, ainda hoje, uma homogeneidade singular e característica que, como na Bairrada (sobretudo em relação aos vinhos), faz circular, apenas regionalmente, alguns produtos da terra e da zona, de muito boa qualidade. Os ventos marítimos terão porventura alguma influência na excelência dos resultados agrícolas.
Não será, por agora e ainda, de todo, o caso da batata que, na Lourinhã, e até há pouco tempo, com a produção do Montijo, mais tardia, bastava para abastecer Lisboa; e que, pela sua qualidade, era procurada, famosa e preferida. Hoje, na capital e infelizmente, vem predominando a de origem gaulesa. E a fruta, senhores, que é tão boa, por aqui, na região do Oeste?! Porque, tirando a celebrada pera rocha, autóctone, rara e pouca vai até Lisboa... Vem de Espanha a fruta, também, na sua maioria. Como os morangos e o tomate, inexplicavelmente.
Da Companhia Agrícola do Sanguinhal (Bombarral), o tinto Sanguinhal, de rótulo amarelo ou tijolo, aparecia algumas vezes em Lisboa, mas hoje é raro ver-se. Mas o Quinta das Cerejeiras, da mesma proveniência, nas suas duas versões (branco e tinto), é que não aparece de todo. No entanto, é bem frequente, em restaurantes e mercearias desta zona Oeste. E, na sua versão Colheita Seleccionada de 2008, tinto (Aragonez e Cabernet Sauvignon), é um vinho excelente.
Fica a recomendação, para quem por aqui passar, pela antiga Estremadura portuguesa. A garrafa ronda os 4 euros, e merece-os, com os seus 14º arredondados e saborosos, que podem bem acompanhar um bom queijo de ovelha, ou um assado a preceito, seja ele de cabrito ou de vitela.
A par e passo 91
O mundo está irregularmente semeado de disposições regulares. Os cristais, por exemplo; as flores, as folhas; um conjunto de ornamentos estriados, manchas nas peles, as asas, as conchas dos animais; os traços do vento sobre as areias e sobre as águas, etc. Por vezes, estes efeitos dependem dum tipo de perspectiva e de agrupamentos inconstantes. O afastamento é que pode produzi-los ou até alterá-los. O tempo é que os mostra ou os cobre. Assim o número de mortes, nascimentos, de crimes e de acidentes apresenta uma irregularidade na sua variação.
Paul Valéry, in Variété I (pgs. 223/4).
sexta-feira, 9 de maio de 2014
De uma entrevista de Steiner, e sobre o predomínio do inglês
"...perder uma língua, é perder uma possibilidade infinita de criação, de invenção; é também perder os lugares da memória ancorados na linguagem. Não resta senão uma esperança para o escritor de uma língua minoritária (não há pequenas línguas; todas as línguas são infinitas): ser traduzido em anglo-americano. (...) Mas é muito difícil fazer previsões: os linguistas anunciam que dentro de 20 ou 30 anos o anglo-americano se irá cindir, e que haverá um dicionário do canadiano, do neo-zelandês, do inglês das Antilhas, e até o inglês e o americano serão eles próprios objecto de cisões. ..."
George Steiner (1929), em entrevista ao Magazine Littéraire (nº 427, Janeiro de 2004).
Em louvor da Areia Branca
O cacimbo e a neblina, hoje, não deixam ver as Berlengas. Também o oceano forma apenas quatro linhas de espuma branca, em ondas paralelas e sucessivas, que vêm tornar-se cinzentas, na miscigenação da praia matinal e deserta.
Das terras pequenas se retém a comodidade das pequenas casas: tudo está à mão. Padaria, mercado, correio, café, jornais, é quase só atravessar a rua. Se a isto acrescentarmos, ainda, a visão do mar, a perder de vista, em amplo horizonte, perfaz-se o encanto singular.
Porque também os avios são gentis (embora nem sempre muito rápidos), quem atende, sorri, e quase agradece a visita. As gentes da terra dão o seu melhor, honrando quem entra ou fica, por alguns dias. E na papelaria, que ao mesmo tempo serve de mini-mercado, livraria e quiosque, podemos encontrar algumas coisas desaparecidas de outros lugares: livros esgotados, vinhos velhos bem amadurecidos, postais desenquadrados no tempo, artesanato original...
E, se as roupas que os habitantes usam são modernas e actuais, tudo o resto, das vivendas às placas toponímicas, tem o sabor tranquilo do princípio do mundo ou de um tempo perdido para sempre, na memória, e que volta à tona, num ressurgimento inesperado.
Regionalismos transmontanos (37)
1. Estamagado - agoniado, debilitado, fraco, cansado.
2. Estauta - diz-se de mulher alta e feia, um pouco estouvada.
3. Estirete - foguete.
4. Estrefegar - comer com grande apetite, devorar. Afugentar, escorraçar (cavalgadura) até a esfalfar. Trasfegar.
5. Estrefura - pessoa enganadora, velhaca.
6. Estulizar - inventar, supor, imaginar.
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Etimologias
Discutível será, como alguns defendem, que a palavra sardinha provenha de Sardenha, ilha em cujas águas mediterrânicas ela era abundante, nos tempos antigos. Mas a leitura do livro, em imagem, de Jean-Pierre Colignon, permitiu-me adquirir alguns conhecimentos sobre a origem de algumas palavras menos usuais.
Assim, não haverá dúvidas que lacónico provém da região grega da Lacónia. E que Filipe da Macedónia, ao pedir autorização para lá entrar, recebeu, como resposta, um lacónico: Não! Sem mais, assim sucinto.
Quanto a cachalote, Colignon atribui a sua origem à palavra portuguesa cachola, ou cabeça grande.
Finalmente, horripilante terá origem no latim (horripilare), que significava cabelos eriçados ou arrepiados. E que expressava grande medo ou temor. Ou, ainda, irritação.
A estas origens, e nalguns casos, o tempo alargou o significado, para mais amplo e abrangente.
com agradecimentos a H. N. .