sábado, 28 de setembro de 2024

Divagações 197



Talvez por sermos, sobretudo agora, um país geograficamente pequeno, quase sempre fomos um povo de alma reduzida, desconfiada e invejosa, por onde sobressaem alguns gigantes: o infante D. Henrique, D. João II, Afoso de Albuquerque, o marquês Pombal...
Até em coisas corriqueiras escondemos aspectos básicos de elementar saber, com medo de nos copiarem a receita e perdermos o negócio. É o caso, por exemplo da tímida Sogrape, que nunca revela as castas de que fez os vinhos, ainda que anteriormente, elas constassem, noutros produtores mais descomplexados, seguros de si, e que ela absorveu. É o caso do Planalto, branco, Douro, que fora da Casa Ferreirinha. 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Filatelia CXIX


Se, hoje em dia, os selos propriamente ditos são em menor parte usados na correspondência, em benefício neutro de etiquetas mudas de imagem ou carimbos inexpressivos, os CTT aumentaram, com o tempo, as suas "rendas" através de mil e um artifícios tentadores sobretudo para os filatelistas. E a exemplo de países estrangeiros, que já os usavam.



Estão neste caso, desde 1986, a emissão dos chamados Livros CTT que, com apuro gráfico, agrupam séries de selos já em circulação, com a mesma temática, acompanhados de textos competentes de especialistas da matéria. O primeiro destes livros foi dedicado aos "5 Séculos de Azulejos Portugueses".



Reproduzimos, em imagem, o volume que foi dedicado à "Pintura Portuguesa do Séc. XX", que tem texto alusivo de José-Augusto França (1922-2021), inserindo selos de Amadeo de Souza-Cardoso até José de Guimarães. Este Livro CTT foi editado em 1990, com estampilhas postais (em blocos) de 1988 a 1990.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Decadência

 
Houve um tempo, no passado, em que várias instituições ou editoras eram uma garantia de qualidade de tudo aquilo que produziam ou publicavam. A Portugália, Sá da Costa, Assírio & Alvim, por exemplo, eram nomes de prestígio no universo editorial português. Os conselhos de leitura dessas empresas, o rigor da crítica e a exigência dos leitores a isso obrigavam também, evitando os equívocos e desmandos de hoje.
Custa-me por isso a perceber que a última das editoras referidas tenha publicado uma pretensa biografia de Alexandre O´Neill (registada num poste recente do Arpose) tão mal enjorcada e desarrumada.

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Apontamento 176: Confusão de conceitos

 

Não sendo caso único, nem recente, existem muitos exemplos de confusão entre um trabalho sério de um Historiador e de um bem intencionado contador de historietas, por cá e pelo mundo fora.

São normalmente narrativas, quiçá de fundo histórico, em que abundam os pormenores físicos, socais, culturais e de personalidades, e parecem ter saído de um baú imaginário de boas vontades e convicções.

Obras, como a reproduzida acima, embora pretendendo enriquecer o trabalho sobre uma época importante da Cultura da Alemanha, revelam apenas imaginação em detrimento de um trabalho de rigor próprio de Historiador.

Senão vejamos, esta afirmação, entre vários outros registos sobre episódios de quotidianos, sem fonte documental, p. 93:



 

Chegado a este ponto de leitura e, confesso, um pouco cansada de tanto pormenor irrelevante e pouco convincente, resolvi abandonar a leitura do restante “tijolo” de 653. Resta acrescentar que nem as Notas, das páginas 481-612, nem a Bibliografia e Fontes contribuíram para me convencer de estar a ler um trabalho sério historiográfico.

Lamento imenso, porque a época bem merecia um Historiador sério a debruçar-se sobre o Pensamento e a Literatura da Alemanha no período em apreço, em que muita confusão se encontra entre “Sturm und Drang” – ["Tempestade e Ímpeto"], Klassik [período clássico] e Romantik [período romântico].

Fica para uma outra altura.

Post de HMJ


Últimas aquisições (54)

 


Não comprei o livro sobre a biografia de Alexandre O'Neill há muito ( foi editado em Abril de 2024 ) e comecei a lê-lo há pouco tempo ( vou na página 61 ). O que foi entusiasmo antecipado, durou pouco. Da leitura, colhi uma impressão de desarrumo e, embora carreie alguma informação pouco conhecida, o texto, em si,  parece-me confuso. Não  recomendo a obra, por isso.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Revivalismo Ligeiro CCCXXXIII


Tinha um nome enorme: Luis Raul Janeiro Caeiro de Aguiar Barbosa Piçarra Valdeterazzo y Ribadenayra (Moura, 1917 - Lisboa, 1999) e uma voz portentosa. Luis Piçarra creio que foi o primeiro a cantar em francês a canção Avril au Portugal e o hino oficial do Benfica (Ser Benfiquista). E não fora Mario Lanza ter-lhe usurpado os direitos da canção Granada, a ele pertenciam.
Julgo estar hoje muito esquecido, imerecidamente.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Assimetrias



A mão esquerda, menos trabalhadeira, por norma, que a direita, é mais maneirinha e cabe quase sempre à vontade pelo punho da manga abotoada da camisa. A direita, raramente.

Para estudar as linhas da vida, é a esquerda que faz fé, a mais natural. A mão direita sofreu os tratos de polé dos trabalhos e exercícios do tempo, apresentando vincos, rugas e linhas desses manuseios, na pele.

domingo, 22 de setembro de 2024

Língua estufada e altas cavalarias

 

O meu amigo Américo Guerreiro de Sousa (1942) chamou-lhe em ficção "O Cavalo"* (Os Cornos de Cronos, pg. 81), talvez por uma má impressão que lhe ficou de uma noite que por lá passámos, em companhia gentil, já altas horas nocturnas. O Galeto, inaugurado a 29/7/1966, criação de Vitor Pala e Bento d''Almeida, arquitectos, era um snack simpático, na Avenida da República, embora com muito pouco espaço ao balcão, para quem tinha pernas longas... Ainda hoje se mantém assim, curto de espaços. A cozinha é que continua merecedora dos melhores elogios.
Voltei lá, recentemente, para uma língua de vitela estufada, iguaria que não abunda pelos menus dos restaurantes de Lisboa. Muito boa, diga-se. Não fosse o serviço, pouco atento, e o tal espaço diminuto, por baixo do balcão, tudo iria muito bem.



* A que, na sequência associativa e embalado, acrescentou: "Havia cavalgaduras em barda por toda a parte: escarranchadas nas banquetas de couro, nas baias da estrebaria, de pé e amarradas à manjedoura. Viam-se ali todos os tipos de muares: éguas rabonas; garranos de pescoço magro com sotaque transmontano; alteres reais de alta-escola e bem feitos para o toureio a cavalo, à cernelha com belas guadianas, que nitriam alto pedindo cerveja e se saracoteavam no pequeno espaço de que dispunham; ..."

Desabafo (91)

 
O que mais me enterneceu nas notícias sobre o episódio do faroeste escolar ocorrido em Azambuja foi a delicadeza democrática das pinças com que os jornalistas lusos trataram a criancinha de 12 anos, que já estava a ser acompanhada por um psicólogo, embora não informassem se este profissional também usava colete à prova de bala. Nada disseram porém sobre os inefáveis pais da criatura agressora nem sobre as vítimas feridas e hospitalizadas.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Curiosidades 106

 


Ao que parece, há 248 militares espanhóis a combater, presentemente, os incêndios em Portugal.
Provavelmente, as nossas forças armadas carecem de efectivos para fazer o mesmo, cá dentro...

Em tempo: às 18h16, a RTP 1 noticiou que 300 elementos da forças armadas portuguesas combatiam os incêndios. Afinal, sempre ganhamos por 52, aos nossos vizinhos...

Dos "Provérbios e Cantares", de Antonio Machado, em versão portuguesa



 XXXVI

Fé empirista. Nem somos nem seremos.
Todo o nosso viver é emprestado.
Nada trazemos; nada levaremos.
...

LXII

Para dar trabalho ao vento
cosia com fio duplo
as folhas secas da árvore.


Antonio Machado (1875-1939).

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Pinacoteca Pessoal 207



Composta apenas por 66 pinturas e 8 desenhos, ao que consta, a obra do pintor austríaco Richard Gerstl (1883-1908) acompanhou a dimensão e brevidade da sua própria vida, a que pôs termo com 25 anos de idade. Inicialmente influenciado por Gustav Klimt, cedo assumiu um estilo próprio original. 



Um pouco esquecida, a pintura de Gerstl teve um ressurgimento de notoriedade, merecida, nos anos 30. O mais importante da sua obra conserva-se à guarda do Museu Leopold, de Viena de Áustria. Incluíndo o famoso retrato das irmãs Frey (1905).




segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Ideias fixas 89

 
Ninguém me tira da ideia que o rap está destinado a criaturas sem imaginação, gente que nunca estudou música seriamente, cantantes sem voz, seres monocórdicos minados por uma abulia crónica do pensamento.

Mercearias Finas 203

 

Ultimamente, os cornichons* têm vindo à nossa mesa, com alguma continuidade alimentar. Provei-os, pela primeira vez, em Bona, numa esplanada de agosto dos anos 60, junto à câmara da então capital alemã, acompanhando um bife à moda germânica (Frikadelle) com batatas fritas bem estaladiças. Bebi cerveja Kölsch, na altura. E gostei de tudo.
Agora acompanham muito bem uns filetes de pescada, muito bem escalpelados pela Dona Leonor da banca do Monte. A salada russa vem à maneira, fresca, de outro lado. Hoje, como os linguados estavam a 26, 95 euros, o quilo, quedamo-nos pelos chocos a 16 e pelo polvo mediano, em tamanho, a 14, que tinha muito bom aspecto.
Como sempre, dispensámos a perca do Nilo e o salmão da moda...

* pequenos (estes) pepinos agridoces.

domingo, 15 de setembro de 2024

Recomendado : cento e três

 

De vez em quando, ao Domingo (normalmente, o pior dia quanto a conteúdos), o jornal Público ultrapassa a sua mediocridade habitual e publica alguma coisa importante e de qualidade.
Esta entrevista, de hoje, a Vasco Vieira de Almeida (1932) rememora de forma limpa, correcta e isenta o tempo e vicissitudes do 25 de Abril. Por isso a recomendo, sem reservas.

sábado, 14 de setembro de 2024

Citações CDXCV

 


Não sei se será justa, embora cruel, a caracterização que colhi no Diário de Paris / 2001-2003 (página 114), de Marcello Duarte Mathias (1938), sobre estes sul-americanos:

"É conhecida a definição caricatural do argentino como sendo um italiano que fala mal espanhol, anda convencido que é francês, e que no fundo gostaria de ser inglês."

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Da leitura 59

 

Sempre me senti pouco à vontade com a leitura de filosofia. Se exceptuar porém os nomes de George Berkeley, Arthur Schopenhauer, Soren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche, autores que li com agrado e proveito.
Concluí entretanto que a marca de posse e data que, antigamente, eu inscrevia nos livros que ia comprando me permite, hoje, situar a leitura que deles fiz. Este Para além do bem e do mal, li-o aos 22 anos de idade.

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

As incertezas da agricultura

 

Acabámos de colher, já tintadas, a segunda pior safra de azeitonas, deste ano de 2024, que consistiu em apenas 4 frutos, que não justificava sequer curtir, para uso doméstico. Comparada com o ano de 2023, com 162 azeitonas (o recorde de sempre, desde 2012), a presente "colheita" é de uma pobreza franciscana... Oxalá o próximo ano nos compense!

Medicina e diplomacia

 

Inesperada oferta amiga de dois títulos que, sendo de autores afastados dos meus quadrantes ideológicos, prometem seguramente elegância de escrita e reflexões apuradas.



Acresce ainda que os dois livros ostentam dedicatórias manuscritas dos seus autores, um médico conhecido já falecido e um diplomata ainda vivo.
Agradecimentos a H. N..

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Mudam-se os tempos...

 

Dantes, eram as bibliotecas itinerantes da Gulbenkian, por cá, agora, por falta de vocações católicas são as igrejas móveis, a que os alemães chamam das Gottesmobil. Esta, em imagem, anda pela Floresta Negra a dizer missas, e com padres nómadas...

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Uma fotografia, de vez em quando... (187)

 

Uma passadeira vermelha, em Veneza, para um louva-a-deus. De um fotógrafo anónimo.
(Não sei se terá sido por esta mesma passadeira que Almodovar passou para receber o Leão de Ouro...)

sábado, 7 de setembro de 2024

Do que fui lendo por aí... 65



Com a habitual franqueza crua e desapiedada escrita, assim se pronuncia, a páginas 43 do Diário Selvagem, Luiz Pacheco (1925-2008) sobre os diários que ia lendo:

"Destes diários que li nas últimas semanas o mais aprazível foi o da BEATRIZ COSTA. Não é uma literata. Decerto não está à espera do prémio Nobel porque não se considera escritora. Mas Sem Papas na Língua tão-pouco revela travões na escrita. Fala de si, da sua vida, dos seus amantes com ALEGRIA.
Não é um engasgado, estilo Vergílio Ferreira. Ou um tipo que parece estar sempre com dores de barriga, enjoadinho, como o Alçada Baptista (terei de reler a Peregrinação Interior II deste, de que gostei muito na altura e ler a I que não me cheirou quando saiu). A Beatrizinha bate-os a todos. É ela. Fez melhor que o Solnado, o qual encarregou uma fulana de escrever. É ela."

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Marcadores (?) 32

 


A pequena ilha de Jura integra o arquipélago escocês das Hébridas e, ao que consegui apurar, a sua empresa local mais importante produz um afamado whisky de malte, com várias idades de maturação, que vão do normal até aos 18 anos de envelhecimento.



A embalagem desta bebida trazia, no interior, um pequeno cartão rectangular que, fazendo publicidade ao produto, poderia também servir de marcador de livros que iríamos lendo enquanto saboreávamos este whisky de alta qualidade e sabor.



Oferecido há um tempo, provei apenas recentemente a variedade dos 16 anos, com uma graduação macia de 40º. Por curiosidade, vim a saber que a garrafa, de 1 litro, era vendida na Garrafeira Nacional, em Lisboa, a 67 euros. A boa qualidade talvez justifique o preço...

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Bibliofilia 215



Poderá parecer um exagero, talvez, da minha parte, eu integrar nesta temática uma obra saída ainda no presente ano. Mas o livro, póstumo, tem todos os condimentos para se tornar invulgar. Este Diário Selvagem, do pícaro Luiz Pacheco (1925-2008), teve uma tiragem reduzida de 300 exemplares, publicados pela editora Língua Morta, em Janeiro de 2024, que logo se esgotaram. Só quase por milagre o consegui comprar, muito recentemente.
Por outro lado o autor, escritor singular e iconoclasta, produziu alguns livros no passado que se tornaram raros pelas peripécias que rodearam a sua publicação ou comercialização.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Divagações 196



Pouca gente hoje, mesmo da élite cultural diminuta nacional, fará a menor ideia da grande influência ideológica que António Sérgio (1883-1969), durante a segunda metade do século XX, exerceu sobre uma boa parte da esquerda portuguesa.
Assisti na RTP Memória, há pouco, a um programa, bem feito, sobre este ensaísta, com testemunhos interessantes de Vasco da Gama Fernandes, Raul Rêgo, João de Freitas Branco, A. José Saraiva, mas podia lembrar também a reverência intelectual que Mário Castrim lhe dedicava, como pude verificar, pessoalmente.
Era ontem. Hoje, quem sabe de António Sérgio?

Mozart: Sinfonia concertante, Mvmt. 2a - Vengerov, Power


Neste andamento  (2º movimento) da Sinfonia Concertante, de W. A. Mozart, se inspirou Michel Legrand (1932-2019) para compor a melodia "The Windmills of your mind" que foi interpretada por Petula Clark, Dusty Springfield, entre outros, e integrou a banda sonora do filme The Thomas Crown Affair (1968).

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Os segredos saloios e a poesia de taberna

 

Houve tempo em que não me preocupava, minimamente, com as castas de uvas dos lotes de vinhos que bebia. Com os anos esse facto passou a ter importância e, hoje, é raro comprar vinhos que não informem, no rótulo, a sua composição. Comecei por  atender aos rótulos exemplares da Vinícola do Vale do Dão, que comercializava a celebrada marca Grão Vasco e que, pouco afortunadamente, foi comprada pela Sogrape, em 1957. Até aí, lá vinha indicada essa que eu chamo a trindade santíssima do Dão tinto: Touriga Nacional, Tinta Roriz e Jaen. Pois, decerto logo que pôde, a Sogrape apagou  as castas dos rótulos, fazendo jus talvez ao lema dos comerciantes atávicos: "o segredo é a alma do negócio".
E, hoje, ainda me sorri um pouco ao ler o rótulo de um Esteva tinto Douro 2021 (ex-Casa Ferreirinha) produzido e comercializado agora pela Sogrape que, em vez das castas que esconde, inscreve, no contra rótulo, esta pindérica maravilha:
" O intenso aroma da esteva, arbusto que adorna a paisagem do Douro, invade a região nos dias de Verão. Desde 1984, elegância, tradição, aromas balsâmicos e algo especiados conferem caráter a este vinho."
Realmente, para poetastro de província, o texto não vai nada mal!...

Osmose 137



Nesta fracção minúscula de vida em que passámos no tempo e universo, e em que mal deixamos sinal, podemos ter a sorte de cruzar pessoas notáveis que nos enriqueceram para sempre, nesse mesmo sempre minimalista que irá desaparecer de todo em nuvens que se evaporam no vácuo. Porque a eternidade é uma utopia dos irrealistas ingénuos e bem intencionados. 
Por cego e ingrato esquecimento omito, sem razão muitas vezes, o nome de Mário Cláudio (1941), por entre os ficcionistas que considero e gosto de ler. Sendo discreto, não salta muito aos olhos, nem se põe em bicos de pés para que demos por ele como escritor. E bem merece ser lembrado, por fundadas razões de boa escrita e capacidade profissional muito acima da mediocridade geral reinante.
Comprei-lhe agora  o Diário Incontínuo (Julho 2024). E sei que me não vou arrepender.

domingo, 1 de setembro de 2024

Apontamento 175: Democracia - Um desafio permanente

 

Estou convencida, olhando para a imagem de Friedrich Ebert, Presidente da República de Weimar (1919-1925), que, no dia de hoje, nos unia uma forte convicção de que a DEMOCRACIA é, apesar de tudo, um bem supremo, mas nunca uma conquista como dado adquirido.

Verifica-se hoje, pelas eleições nos Estados de Turíngia e Saxónia, antigos domínios pró-soviéticos do partido único SED, que os fantasmas antigos não dormem.

Post de HMJ

Adagiário CCCLXX



 
Pão com olhos, queijo sem olhos e vinho que salte aos olhos.