terça-feira, 1 de julho de 2014

Os diversos turismos


O último "Obs." (nº 2590) dá conta do bem sucedido progresso, em França, do temáticamente chamado "turismo da memória" que, só em 2 regiões específicas (Verdun e praias da Normandia), contribuiu, em 2013, com 7 milhões de visitantes, (300.000, em Verdun). Os números do "negócio", só nas peregrinações às praias, são vultuosos: 45 milhões de euros, por ano. O grosso dos turistas vem da Inglaterra e Estados Unidos, mas também há muitos canadianos, australianos e sul-africanos. As praias e as necrópoles de soldados são os dois principais pontos altos deste turismo singular. Por razões compreensíveis, os turistas alemães, neste nicho saudosista e evocativo, são em número residual. E, neste ano de 2014, em que se celebra o centenário da I Grande Guerra e os 70 anos do desembarque na Normandia, espera-se, nestas regiões, um aumento considerável e significativo de "turistas da memória".

5 comentários:

  1. Há musicas que interferem com a nossa sensação de leveza corporal, esta é uma delas. Conhece mais? Poderá haver alguma objectividade neste assunto?

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    1. Julgo que terá, porventura, deslocado este seu comentário do poste anterior (Beethoven/Barenboim). Sobre as suas perguntas, tenho de confessar, humildemente, que não lhe sei responder - a minha percepção e sensibilidade, à música, não chegam a tanto...

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  2. Por cá, tb há muitos visitantes que fazem os percurso das Linhas de Torres e de outros locais onde se desenrolaram as guerras napoleónicas. Com muitos visitantes franceses.
    Há muitos ingleses e americanos que perderam a vida nessas praias e os descendentes têm curiosidade e vr os locais.
    Hoje está provado que o turismo cultural pode dar dinheiro. É preciso é investir e os franceses estão a fazê-lo na preservação dos locais de memória.

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  3. Penso que o CNC fez há anos uma viagem aos locais por onde andou o CEP na Grande Guerra e esteve em La Lys e no cemitério onde ficaram imensos portugueses.

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    1. Independentemente dos interesses das agências de viagens e das autarquias, porque não? São motivos que me parecem importantes, quer do ponto de vista evocativo, quer do ponto de vista cultural. E meritórios.
      Acho que a perspectiva francesa foi inteligente, e é de louvar.

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